Heráldica e Arquitetura: Campina Grande já abrigou a nobreza do Império Português e do Brasil.4/29/2015 Campina Grande sempre esteve à frente do seu tempo. No entanto, este artigo falará do que ainda temos de passado. Tradição. É sabido que sou um interessado em genealogia, história local, heráldica, tradição e outros assuntos voltados à cavalaria, portanto ando sempre interessado em sinais da existência remota de cavaleiros, nobres, reis, etc. Embora não pareça nos dias de hoje. O Brasil já foi habitado por Imperadores, Condes, Barões, Viscondes, Cavaleiros, Fidalgos e toda sorte de nobreza. Com a Paraíba não foi diferente, conforme já apresentei em estudos sobre o Capitão-Mor Teodósio de Oliveira Lêdo e outros oficiais de ordenanças e do Exército Português que detinham direitos de cavaleiros aqui na terra brasilis. Grata foi minha surpresa, ao andar pelas ruas do Centro de Campina Grande, e perceber que esta cidade ainda guarda sinais de que um dia houve uma nobreza e fidalguia habitando aqui. Mesmo com a demolição da arquitetura antiga da cidade pelo prefeito Verniaud Wanderley para dar lugar ao art-deco, permaneceram estruturas do século XIX ainda de pé. São casas e edifícios no estilo rococó e neo-clássico. Principalmente nestas casas mais antigas, umas imponentes outras nem tanto, se percebe a presença do que em Portugal se chama de “pedras d’armas”. Estas “pedras” são na verdade locais próprios e adornados em alto relevo que ficam nas fachadas e no alto das casas para abrigarem brasões das famílias de boa estirpe. Em Portugal é de costume que as pedras d’armas tenham o brasão entalhado, porém, no Brasil é fácil de encontrar estes brasões pintados em escudos pedra, também é normal ver-se o mesmo realizado em janelas ovais ou circulares de madeira. Encontrei nove pedras d’armas em uma caminhada pelo centro da cidade, o que comprova que em Campina Grande viveram fidalgos armigerados. Isto abre um precedente para pensarmos que podem existir brasões registrados de famílias que permanecem no desconhecimento. Fica a dica para os historiadores e interessados. Na andança, encontrei pedra d’armas no maravilhoso Pavilhão Epitácio Pessoa no Beco 31, infelizmente hoje está parcialmente encoberto por outra edificação na dianteira. Também em casas menores nas ruas Treze de Maio e na Irineu Jófilly, pena que nenhuma na Vila Nova da Rainha. Seguem fotos do Street View. Texto também publicado no blog Retalhos Históricos de Campina Grande.
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Recentemente terminei um projeto de restauração dos brasões da Paraíba que possuíam o estilo do Irmão Paulo Lauchenmayer. Ainda não enviei minhas restaurações para nenhum município em questão, no entanto comecei à buscar outros brasões pela cidade, tive a grata surpresa de encontrar mais brasões no estilo do Irmão como é o caso do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG). Porém me ative àqueles que são mais visualizados no cotidiano da cidade e que possuíam grandes erros, por amor à arte heráldica e por amor à minha cidade, fundada pelos meus ancestrais. Também me ative sobre os brasões dos times de futebol, que na verdade não são exatamente brasões, o futebol não possui tradição heráldica, nem mesmo na Europa. Ainda assim, achei que seria interessante aplicar as leis da heráldica sobre os clubes de Campina Grande. Outra instituição o qual o brasão era amplamente usado e pouco correto era o da UFCG, minha alma mater e que o brasão tinha pouco de heráldico, este sim deve seguir as regras. Por fim a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário que possuía inúmeros erros. Os demais brasões da cidade ainda não tive tempo de me ater, os resultados que obtive estão dispostos abaixo. |
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