Sempre nutri certa admiração pela cultura japonesa. Os japoneses possuem muito respeito pela disciplina e tradição familiar, assim como suas ciências são sempre mantidas com muito esmero. Curiosamente encontrei este artigo que se segue em espanhol, por isso resolvi fazer uma tradução rápida à título de curiosidade. O artigo que segue é uma tradução livre de um artigo publicado no blog “Doce Linajes” e pode ser lido clicando aqui. A Heráldica Japoneses, assim como a europeia possui uma grande variedade de escudos e emblemas familiares, chamados Kamon, estes símbolos que representam uma linhagem, semelhante na Europa, tem transmitido ao longo de gerações, de pais para filhos. Possivelmente hoje se encontram em uso mais de vinte mil brasões diferentes, já que muitos escudos são uma variante de um outro que foi modificado para distinguir descendentes de ascendentes, seus primeiros donos. Segundo meu filho Alejandro, muito aficionado por esportes e tradições japonesas, o início do uso dos escudos Kamon pode ser situado por volta da era Heian (entre 794 e 1192), quando eram usados somente pela classe dominante que pertencia aos clãs importantes que queria distinguir suas carruagens e montarias. Posteriormente o uso do Kamon foi sendo generalizado para outros bens e pertences destas classes. Os Kamon, emblemas bem elaboras ao contrário do que se possa pensar, são símbolos bastante estilizados e de grande beleza, com figuras de animais, plantes e fenômenos naturais. Com o surgimento da era Kamakura ( de 1192 à 1333), foram aparecendo alguns Kamon contendo armas típicas dos samurais e anagramas de elevada complexidade. Sendo estes incluídos em bandeiras e estandartes que eram levados por guerreiros quando lutavam em grandes exércitos que protegiam os senhores detentores dos Kamons. Para o combate, os emblemas eram simplificados com o objetivo de cumprir sua razão primordial, um rápido conhecimento da facção à qual pertencia seu portador, sendo deixado de lado a complexidade de cores e formas para o adorno de casas e residências. A heráldica nipônica carece de regras de desenhos. Mesmo assim, desde o mais comum Kamon, sempre consistiu em introduzir elementos dentro de um círculo ou medalhão as figuras que se quer representar. Quanto à distinguir vários membros de uma família, existem algumas normas elementares de distinção, por exemplo, pode-se ver que o Imperador usa um crisântemo de 16 pétalas, sendo reservado para os demais membros da família o mesmo símbolo com um número menor de pétalas. Como havíamos dito no princípio, os escudos (Kamon), ao longo da história tem diminuído e sido transformados por diferentes membros de uma mesma família, que depois os transmitiam aos seus descendentes e estes também o fizeram para se distinguir dos anteriores mais uma vez, complicando ainda mais o desenho original. Atualmente, a folha da flor Paulownia que tradicionalmente pertencia ao grande clã Hashiba está reservada (com folhas 5,7,5) para o uso oficial do primeiro ministro do Japão.
1 Comment
Andreia Bering
4/23/2016 10:44:26 am
Preciso fazer um trabalho sobre o clã Dou. Não acho nada na internet. Vc pode me ajudar? Obrigada.
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